O modelo de banco de dados relacional foi proposto pela primeira vez por Edgar F. Codd em um artigo publicado em 1970, intitulado ” Relational Model of Data for Large Shared Data Banks”. Codd era um matemático e cientista da computação que trabalhava na IBM na época.
O modelo relacional proposto por Codd é baseado em um conjunto de conceitos matemáticos conhecidos como álgebra relacional. Ele propôs que os dados deveriam ser organizados em tabelas relacionais, com cada tabela representando uma entidade ou objeto no mundo real. Esse modelo foi inicialmente considerado uma teoria interessante, mas muitos achavam que seria muito lento para ser implementado em computadores devido à sua complexidade. No entanto, a IBM lançou o primeiro sistema de gerenciamento de banco de dados relacional comercialmente disponível, o System R, em 1979. Isso tornou possível armazenar e gerenciar grandes volumes de dados em um formato estruturado e fácil de entender.
Uma analogia muito comum para o modelo relacional que facilita a compreensão, é utilizarmos o programa Excel do pacote office da Microsofit , onde as tabelas representam o BD, que são compostas por colunas e linhas. As colunas representam os atributos de um objeto ou entidade, como nome, idade, endereço, entre outros. As linhas representam as instâncias dessas entidades, ou seja, os registros de dados.
As relações entre as tabelas são estabelecidas por meio de chaves estrangeiras e chaves primárias. Uma chave primária é um campo que identifica exclusivamente cada registro em uma tabela, enquanto uma chave estrangeira é um campo que se refere à chave primária de outra tabela. A utilização dessas chaves permite que as tabelas sejam relacionadas entre si, o que facilita a recuperação de informações em várias tabelas.
Uma das principais vantagens de um banco de dados relacional é a capacidade de manter a integridade dos dados. Isso significa que as informações armazenadas em uma tabela estão sempre coerentes e precisas, pois são validadas por meio de regras e restrições de integridade. Por exemplo, pode haver uma restrição de integridade que impede a inserção de valores nulos em um campo que não permite valores nulos.
Outra vantagem é a flexibilidade de consulta dos dados. As informações podem ser recuperadas facilmente de várias tabelas usando consultas SQL (Structured Query Language), uma linguagem padrão para gerenciamento de banco de dados. As consultas podem ser personalizadas para atender às necessidades específicas de cada usuário ou aplicação.
Atualmente, o banco de dados relacional continua sendo amplamente utilizado em empresas de todos os tamanhos e setores, devido à sua confiabilidade, segurança e capacidade de gerenciar grandes quantidades de dados de maneira eficiente. Embora outras tecnologias de banco de dados, como os bancos de dados NoSQL, tenham surgido nos últimos anos, o banco de dados relacional ainda é uma opção popular para muitos casos de uso, especialmente em aplicações corporativas e de negócios.