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As imagens reproduzem áreas de Manicoré, a 333 quilômetros de Manaus. (Imagem:Divulgação)

O uso da tecnologia que gira em torno do metaverso já se tornou bastante conhecido por parte da grande mídia e algumas áreas específicas na ciência. Agora chega com um único objetivo de preservar o bioma brasileiro: a  Amazônia! 

Imagine visitar a Floresta Amazônica sem sair do lugar? De onde estiver com um óculos de realidade virtual ou um smartphone uma pessoa pode desbravar na mata, navegar pelos rios, conhecer construções ribeirinhas e até experimentar o clima equatorial de intensas chuvas de Manicoré, a 333 quilômetros de Manaus. 

Essa é a proposta do ambiente virtual ‘’MetAamazonia’’, um metaverso criado pela Empresa Brasileira de Conservação de Florestas (EBCF) e lançado durante a Gitex Global 2022, em Dubai, uma das maiores feiras de tecnologia do mundo. Leia este artigo para saber mais!

MetAmazonia

A companhia atua há 15 anos no Brasil e se dedica a comprar áreas privadas sob pressão do desmatamento para criar pólos de preservação. É relacionada ao Amagroup conglomerado fundado em Miami, nos EUA, que reúne greentechs e fintechs, startups verdes e financeiras voltadas para o combate ao desmatamento e a pobreza com a promoção do desenvolvimento sustentável. 

O modelo de negócio da EBCF conta com diferentes fontes de receita, como venda de créditos de carbono, ecoturismo, pesquisa científica e manejo sustentável de produtos não madeireiros. No espaço 3D, desenvolvido pelo estúdio Zoan e projetado pelo motor gráfico de jogos Unreal Engine, é possível conhecer o terreno de 20 mil hectares da EBCF no interior do Amazonas e mais 15 comunidades no entorno.

O ambiente digital que concilia os mundos virtual e físico foi construído com a combinação de dados compilados pela EBCF ao longo dos anos e incluem imagens de satélite, de drones e sistemas sensoriais telemétricos. 

Apesar de seu caráter virtual, o MetAmazonia não é feito para funcionar como refúgio intocável para admiradores da Floresta Amazônica e nem para a EBCF se isentar dos desafios reais da região. Sendo pioneiro e inovador sustentado em 5 pilares: ambiental, social, climático, econômico, e tecnológico agregando uma nova camada de tecnologia ao seu projeto transportando para o metaverso tanto a reserva quanto às comunidades presentes na área.

Segundo Leonardo Barrionuevo, CEO da EBCF, o espaço virtual serve para dar mais transparência às ações já desenvolvidas na floresta. No entanto, o metaverso vai ser financiado por NFTs (tokens não-fungíveis) que serão vendidas para ampliar a captação de recursos para os projetos de preservação da biodiversidade na Amazônia.

Os valores vão de US$20 (R$ 105) para pessoas físicas até um valor mais vultoso para grandes investidores e a expectativa é captar entre US$ 150 milhões e 200 milhões nos próximos anos e quem investir poderá acompanhar pela plataforma a evolução das ações no espaço real e online acesse: www.metamazonia.io.  

O CEO Leonardo afirma as suas próprias expectativas e diz: ‘’ Esperamos que, com esse tipo de imersão e engajamento, consigamos proteger mais áreas e atender mais comunidades.’’ 

Entretanto, a EBCF implementou 20 projetos nas áreas de educação, saúde, geração de renda, infraestrutura, empoderamento feminino, tecnologia e pesquisa científica na Amazônia. Entre as iniciativas estão projetos de capacitação para extrativistas da comunidade Jatuarana e um inventário da fauna e flora local, por exemplo. 

Os projetos seguem padrões ESG (ambiental, social e de governança), e objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, as chamadas (ODS), aponta o executivo. Empresas investidoras poderão comprar blocos do terreno virtual e realizar algumas modificações no espaço digital, Barrionuevo diz:  ‘’Uma empresa pode criar uma eco store, um showroom integrado à natureza nesse terreno, para expor seus produtos com base em ingredientes locais. Além disso, pode-se realizar uma conferência de fim de ano da empresa para que os colaboradores conheçam a floresta, por exemplo. São muitas possibilidades.’’ 

O metaverso em favor da floresta amazônica

Quando a floresta amazônica vem à mente não é exagero dizer que tudo ali é inigualável,  estamos falando da maior floresta tropical do mundo que abriga a bacia hidrográfica mais importante da terra. Por isso e recorrendo a todos os meios que venham contribuir para a sua preservação e proteção neste contexto, por que não escolher a tecnologia do metaverso? Você sabe o que significa?

O mercado do metaverso chamou a atenção de todos, principalmente após a mudança do nome da rede social Facebook, para ‘Meta’. O metaverso possui várias ramificações e tem sido abordado em eventos de tecnologia com cada vez mais frequência.

É um conceito que tem como objetivo a união entre os mundos real e virtual.  Aquela visão futurista que vemos em filmes de distopias tecnológicas, onde o mundo virtual se junta com o dia a dia das pessoas? Em resumo, o metaverso é um ambiente virtual imersivo formado por meio de inúmeras tecnologias, como o caso da ‘’realidade virtual”, e da ‘’realidade aumentada’’ e a utilização de hologramas.

Quando pronto, as pessoas poderão interagir umas com as outras, trabalhar, estudar, ter uma vida social por meio dos avatares 3D, isto é, uma espécie de segunda realidade. O MetAmazonia é um projeto estruturado no metaverso 3D fotorrealista de última geração, projetado no motor UNREAL, a mesma tecnologia usada por filmes, séries e jogos como The Mandalorian, Fortnite, Planet of the Apes, Matrix e outros.

Outro projeto chamado carbono da EBCF registrado na VERRA,  plataforma internacional para projetos de redução de emissões, também será integrado a MetAmazonia com os 2,2 milhões de toneladas de CO2 que o projeto estima reduzir, bem como os ativos não madeireiros presente na reserva. 

Os projetos sócio ambientais e os dados coletados pela empresa nos últimos anos como a coleta de dados de fauna e flora executados, e censo demográfico nas comunidades que combinados a imagens de satélite, dados de drones e sistemas de sensores retratam com precisão toda a reserva de forma fotorrealista.

Acompanhe no link de vídeo no youtube sobre os projetos sócio ambientais:

MetAmazonia faz a diferença usando blockchain para garantir transparência, segurança e escalabilidade para a construção da floresta. O metaverse é uma ferramenta poderosa para integrar acessibilidade e educação com o poder da floresta amazônica criando uma abordagem significativa para o papel da tecnologia ao combate às mudanças climáticas, pobreza e desmatamento. 

Portanto  trata-se de um projeto ousado que rompe barreiras geográficas e democratiza o acesso à floresta, ampliando o conhecimento e a importância deste precioso ecossistema e promovendo o desenvolvimento sustentável das comunidades tradicionais.

Assista a uma gameplay do MetAmazonia disponibilizado no youtube:

Referências:

https://portalamazonia.com/

https://18horas.com.br/amazonas/

https://www.metamazonia.io/

https://www.metamazonia.io/